quinta-feira, 26 de abril de 2007

Hubble comemora 17 anos com imagem de nascimento e morte de estrela

da Efe, em Washington
Hubble comemora 17 anos com imagem de nascimento e morte de estrela da Efe, em WashingtonO telescópio espacial Hubble, da Nasa, fotografou uma imensa nebulosa na Via Láctea que mostra um caos cósmico em que nascem e morrem as estrelas. A imagem foi divulgada para comemorar os 17 anos de funcionamento quase ininterrupto do equipamento em órbita.A imagem, formada com uma série de 48 fotos captadas pelo telescópio, cobre uma distância de 50 anos-luz na Nebulosa Carina, informou a Nasa.

Nasa










Imagem do Hubble mostra a nebulosa Carina

A imensa nebulosa contém pelo menos 12 estrelas que, segundo os cálculos dos astrônomos, seriam de 50 a 100 vezes maiores que o nosso Sol. A maior delas é Eta Carinae, que se encontra na última etapa de sua vida, como provam as nuvens de gás e pó que são o presságio de sua morte, numa explosão que criará uma supernova.Segundo o comunicado da Nasa, o caos cósmico da nebulosa se iniciou há três milhões de anos, quando suas primeiras estrelas se condensaram no meio de uma enorme nuvem de hidrogênio molecular. É possível que o Sol e nosso sistema solar tenham nascido num fenômeno semelhante, há 4,6 bilhões de anos."Ao olhar a nebulosa Carina, estamos vendo a gênese das estrelas como ocorre comumente numa galáxia", diz o comunicado. Os astrônomos da Nasa calculam que a nebulosa se encontra a uma distância de 7.500 anos-luz.Ao longo de 17 anos, o Hubble realizou quase 800 mil observações dos fenômenos cósmicos. O enorme volume de informação que proporcionou ajudou os astrônomos a aperfeiçoarem seus conhecimentos sobre o universo.Segundo os astrônomos, o Hubble é o instrumento científico mais produtivo já construído. No entanto, seu futuro está em dúvida. Algumas de suas partes começaram a falhar e até o momento a Nasa não decidiu se enviará uma missão para reparos.

Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u16349.shtml

terça-feira, 24 de abril de 2007

Cientistas fazem a primeira descoberta de um planeta habitável fora do sistema

Um planeta "do tipo terrestre habitável", capaz de abrigar vida extraterrestre, foi detectado pela primeira vez por uma equipe de astrônomos em um sistema planetário extra-solar, segundo um estudo que será divulgado na quinta-feira na revista Astronomy and Astrophysics.Segundo os cientistas, este exoplaneta, que gira em torno da estrela Gliese 581 (Gl 581) a 20,5 anos-luz de nosso planeta, é o primeiro dos cerca de 200 conhecidos até hoje a "possuir ao mesmo tempo uma superfície sólida e líquida e uma temperatura próxima da encontrada na Terra".

Ele reúne as características "que permitem imaginar a existência de uma eventual vida extraterrestre", ressaltou em um comunicado o Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França (CNRS), cujos três laboratórios associados participaram da descoberta, com pesquisadores do Observatório de Genebra e do Centro de Astronomia de Lisboa.A temperatura média desta "super Terra, se situa entre 0 e 40 graus Celsius, o que permite que haja a presença de água líquida em sua superfície", segundo o principal autor do estudo, Stéphane Udry (Genebra).Além disso, acrescentou, "seu raio seria 1,5 vez o da Terra", o que indicaria "ou uma constituição rochosa (como na Terra), ou uma superfície coberta de oceanos". A gravidade em sua superfície é 2,2 vezes a da superfície da Terra, e sua massa muito fraca (5 vezes a da Terra).Descoberto com o telescópio "Harps" de 3,6 m do Observatório Espacial Europeu (Eso) da Silla, no Chile, este planeta orbita em 13 dias em torno da estrela Gliese 581 (Gl 581), da qual está 14 vezes mais próximo do que a distância da Terra para o Sol.

Fonte:http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2007/04/24/ult1806u5921.jhtm

França libera arquivos de cientistas que caçam OVNIs


A França se transformou nesta quinta-feira no primeiro país do mundo a aceitar publicar na Internet os arquivos de seu grupo de cientistas dedicados à busca de Ovnis e à pesquisa de fenômenos aeroespaciais não identificados. Os 1,6 mil casos analisados pelo Grupo de Estudo e de Informação sobre Fenômenos Aeroespaciais Não Identificados (Geipan, na sigla em francês) serão publicados na rede e poderão ser consultados por qualquer um.Embora o grupo não existisse até a década de 70, o primeiro testemunho do tipo foi recolhido na França em 1937. Como aperitivo, os interessados e especialistas poderão ter acesso a 400 casos na página do Centro Nacional de Estudos Espaciais (CNES), do qual depende o Geipan.


O restante dos dados, incluindo 6 mil testemunhos e 3 mil interrogatórios, será publicado com o tempo.No total, cerca de 100 mil páginas estarão à disposição do público. Ali, podem ser encontradas as investigações, os dados e as provas dos casos estudados pelo grupo de cientistas que, em muitas ocasiões, teve de concluir que se tratava de fenômenos inexplicáveis."Não se deve esperar de nossos arquivos revelações, mas esperamos que sirvam aos cientistas, e que o fenômeno dos Ovnis se transforme, finalmente, em um objeto de estudo como qualquer outro", explicou o atual responsável pelo Geipan. Alguns casos serão paradigmáticos na história da busca de Ovnis, como o avistado pelos membros da tripulação de um vôo francês.Um objeto que descreveram como algo em forma de lentilha, com cerca de 200 a 300 metros de diâmetro, foi claramente visto perto de Paris pelo piloto, o co-piloto e outro membro da tripulação de um vôo da Air France que ia de Nice a Londres, em 28 de janeiro de 1994. Os radares do Exército francês também detectaram seu rastro, o que levou os especialistas a considerá-lo um Ovni, por não encontrarem outra explicação razoável.Também não foi encontrada explicação científica para o relato de um pedreiro aposentado que assegurou que, em 1981, viu pousar, perto de seu jardim, uma espécie de disco voador de cerca de 2,5 metros de diâmetro.


Quando os cientistas foram investigar o caso, encontraram provas incompreensíveis: o lugar no qual supostamente aterrissou a nave espacial apresentava restos de terra que, segundo os laboratórios consultados, tinha sido submetida a temperaturas em torno de 600°C e tinha suportado um objeto de entre 500 e 700 quilos.Além disso, a análise dos pés de alfafa que estavam perto do lugar revelou que os vegetais sofriam um enfraquecimento no processo de fotossíntese que os botânicos só puderam explicar como conseqüência de contato com um campo elétrico intenso. Provas suficientes para qualificar o caso como inexplicável.


Fonte: Agência EFE

domingo, 22 de abril de 2007

Observatório Municipal de Diadema, em SP, realiza ciclo de palestra sobre Exobiologia


Apoiado pelo Observatório Municipal de Diadema, o município sedia um ciclo de palestras com o tema EXOBIOLOGIA – Vida Extraterrestre, no Centro Cultural Inamar. O palestrante será o biólogo e professor Paulo Aníbal G. Mesquita, que também atua como astrônomo amador e tem dezenas de artigos publicados na revista Sexto Sentido, na temática extraterrestre. O evento está sob a coordenação de Hamilton Dias, do OMD. A Exobiologia trata-se do estudo de vida fora do planeta Terra e é a primeira vez que uma instituição astronômica oficial coordena um ciclo de palestras com o tema abordado, cujo assunto é bastante polêmico. Observatório Municipal de DiademaO Observatório Municipal de Diadema (OMD) foi inaugurado em 1992 e seu telescópio está instalado numa torre de três andares, com 9 metros de altura e a 830 metros de altitude. A cúpula do OMD é composta de uma estrutura de aço e revestimento externo de cobre que data de 1917, sendo trazida ao Brasil pela Ordem dos Beneditinos de São Paulo para o Observatório de São Bento, extinto na década de 50. No interior desta cúpula fica o telescópio MEADE, refletor de 400 mm (16 polegadas), com distância focal de 1830 mm, que dispõem, ainda, de uma montagem equatorial para acompanhamento.

O Observatório está localizado no Jardim Inamar (Diadema-SP), e atende toda região, bem como de toda grande São Paulo, além daqueles ligados à Astronomia que queiram desenvolver trabalhos de observação em parceria com a Associação de Astronomia e Astrofísica de Diadema (AAAD). Uma das principais funções do OMD é levar ao público dessas regiões uma adequada compreensão do universo e visualizá-lo em sua natureza cósmica, além das práticas dos trabalhos astronômicos. Visando, desta forma, desmistificar a ciência como prática de poucos e, ao mesmo tempo, compartilhar o prazer de compreensão do cosmos e das leis que o regem.Nos seus muitos anos de funcionamento, o OMD realizou inúmeras sessões de observação do céu, oficinas, palestras, exposições científicas, conferências, sessões de vídeo de divulgação científica etc. Além da atuação em momentos de importantes fenômenos astronômicos (eclipses lunares e solares, passagem de cometas, chuvas de meteoros), onde são organizadas as sessões especiais de observação para o público em geral, inclusive com exposições de fotografias e painéis. O Observatório realiza também assessoria nas escolas das redes municipal e estadual de Diadema e de toda grande São Paulo, especialmente nas atividades relacionadas com feira de ciências, atendendo a um público de milhares de pessoas. É importante salientar que o OMD foi o primeiro observatório municipal a ter seu próprio site na Internet.Confira a programação:


Ciclo de Palestras – EXOBIOLOGIA

Horário: 15:00 horas

Local: Centro Cultural Inamar / Diadema - SP


16 de Junho de 2007:EXOBIOLOGIA – Vida Extraterrestre no Universo

28 de Julho de 2007:EXOBIOLOGIA – A Revelação(Questão marciana, exoplanetas e Drake)

25 de Agosto de 2007:EXOBIOLOGIA – O Contato Extraterrestre(Projeto SETI e a questão dos FANI – Fenômenos Aéreos não Identificados)

Ondas Ufo e Ortotenias

Por Reinaldo Stabolito
Baseando-nos no farto material recolhido em todo mundo por investigadores e grupos ufológicos, é possível afirmar que existe um núcleo no fenômeno UFO não explicado por causas naturais. Esta certeza, que representa um passo muito importante, conduz de imediato as seguintes perguntas: Qual é a origem certa de fenômeno? Quais as suas motivações? Para tentar se aproximar destas duas questões básicas, devemos limitar-nos aos fatos, buscando interpretar as diferentes pautas de comportamento do fenômeno. A casuística mundial catalogada apresenta um núcleo de evidências que se integram num conjunto único – o que pode ser o melhor dado para um estudo do fenômeno UFO ou simplesmente um resultado efetivo da deformação da investigação em si.
Na década de 70, diversos trabalhos coincidentes foram publicados e divulgados. Esses trabalhos assinalavam que a manifestação do fenômeno UFO era múltipla e, sendo assim, necessitavam de uma catalogação de todas as suas diversas nuances. "Uma árvore não é suficiente para determinarmos como é o bosque".
Mas ao examinar a casuística ufológica, comprovamos de forma contraditória a associação de acontecimentos muito variados: desde a presença de um artefato material, claramente definido, que sobrevoa os céus, até o surpreendente aparecimento de uma criatura com asas que aterroriza a população rural de um Estado norte-americano (O Caso Kelly). Poderíamos então sugerir que são diversos níveis de uma mesma realidade dinâmica e que ainda está longe de ser analisada e catalogada na sua totalidade. No entanto, uma das características do fenômeno possui um comportamento bem definido e, geralmente, são interpretados segundo a opção clássica: uma manifestação tecnológica exterior à espécie humana. Esta presunção poderia classificar, embora parcialmente, muitas das observações conhecidas. De forma quase constante, é possível assinalar certas atitudes de curiosidade frente ao desenvolvimento técnico-humano, logicamente muito condizente com uma manifestação artificial do que de um fenômeno natural. Basta notar como sempre houveram relatos assinalando, por exemplo, a constante manifestação UFO em áreas militares bélicas.
A partir da "Era Moderna dos Discos Voadores" (desde 1947), uma característica passou a ser notável e bastante significativa: em determinados períodos de tempo, as observações de UFOs aumentavam consideravelmente, para depois cair de forma brusca. Produziam-se quase a nível mundial perfilando-se especialmente sobre uma determinada região.
Essa característica do fenômeno passou a ser definida como "onda ufo". Assim uma "onda ufo" corresponde à manifestação do fenômeno, que se desenvolve num breve espaço de tempo (dias, meses, semanas), e se limita a uma área geográfica específica. Os estudos estatísticos que têm sido realizados em torno desta pauta têm catalogado as freqüências destas "ondas ufo" e demonstram seu óbvio caráter de aleatoriedade de manifestação.
Imediatamente, após a divulgação pela mídia de avistamentos ufológicos, freqüentemente tratada de forma sensacionalista e imprópria, a opinião pública costuma sensibilizar-se e surgem grandes quantidades de avistamentos "colaterais", como uma espécie de "contágio". Essa situação pode, inclusive, alcançar o caráter de "onda" ou "febre" de testemunhas, porém o interesse público decresce tão velozmente quanto o aparecimento da "onda ufo".
Neste ponto chegamos a um primeiro problema: o caráter e o significado no contexto geral do desenvolvimento de uma "onda ufo". Se por um lado pode realmente existir uma quantidade de manifestação do fenômeno UFO significativa e que está agrupada num determinado tempo e numa determinada área específica; por outro lado a difusão ufológica poderia estar gerando uma comoção pública e, assim, criando avistamentos que não existem, mas que são produtos da histeria coletiva acerca do assunto. Há várias hipóteses para tentar explicar a característica "onda" do fenômeno UFO:
HIPÓTESE PSICOLÓGICA – Diante da divulgação sensacionalista de um evento ufológico, as pessoas fazem "eco" (uma espécie de feedback gerado pela comoção) do fato e que é motivado por uma necessidade psíquica de identificação. Assim, o público observa uma grande quantidade de UFOs que, obviamente, correspondem a um sugestionamento mental e não à manifestação do fenômeno de fato.
HIPÓTESE SOCIOLÓGICA – Determinados fatos sociais repercutem diretamente em uma maior quantidade de observações de UFOs. Alguns momentos críticos para a humanidade, como guerras, desequilíbrio econômico e social, conflitos, crises, índices de suicídios, etc; inclusive fenômenos de grande transcendência na sociedade atual, como desemprego, influenciam numa maior quantidade de avistamentos que denunciam a presença de UFOs no nosso meio. Existem impagáveis estudos estatísticos onde se estabelece uma correlação entre estes fenômenos sociais e os UFOs.
HIPÓTESE FÍSICA – Existem períodos no tempo em que se pode apreciar uma maior atividade de UFOs, que é uma razão intrínseca à intencionalidade da manifestação ufológica.
A primeira hipótese foi utilizada com excessiva liberdade, tanto por pessoas que pretendiam revelar um "novo fenômeno psicológico", de grande transcendência para a humanidade, como por aqueles meios de comunicação que, depois de divulgar avistamentos de forma inadequada, criticam os mesmos alegando explicações simplistas, como histeria coletiva, loucura geral, etc. Na realidade, a dinâmica e motivações do "contágio ufológico coletivo" diferem da manifestação e presença do fenômeno UFO.
Carl Jung, um dos mais destacados psicólogos e discípulo de Freud, apresentou a teoria do Inconsciente Coletivo. A humanidade possui um legado psíquico comum, determinado no inconsciente. A forma da "mandala", o círculo luminoso mágico (semelhança clara a mais de 90% dos UFOs avistados), que todas as doutrinas religiosas assinalaram como de grande importância através de mitos, lendas e cerimônias, constituiria o fundamento básico para explicar o fenômeno UFO, à luz do "inconsciente coletivo". Esta imagem inconsciente afloraria em momentos de especial necessidade, crise coletiva, descontrole mundial, etc, na forma de UFOs. Jung definiria por isso o fenômeno UFO como "reflexo dos arquétipos inconscientes".
As dificuldades que apresentam a teoria do "reflexo dos arquétipos inconscientes" começam quando os UFOs produzem rastros físicos: marcas no solo, alterações biológicas nos seres vivos, são detectados com meios tecnológicos avançados, como o radar ou sonar (19 de maio de 1986 – A Noite Oficial dos UFOs), e são fotografados e filmados. Arquétipos tendo uma constituição física? A teoria de Jung é, sem dúvida, extremamente importante, tal qual o próprio Jung e o que suas teorias representaram para as Ciências Humanas, e efetivamente explica parte do fenômeno. Mas o próprio Jung assumiu, em vida, que há algumas provas do fenômeno UFO que não admitem quaisquer alternativas a não ser de se aceitar que pode haver alguma realidade física do fenômeno.
A possibilidade de uma resposta sociológica para o fenômeno UFO é realmente interessante. Existem dados comparativos e significativos: os anos de 1946, 1954, 1965 e 1968 assinalam um aumento significativo de demanda de empregos nos Estados Unidos, coincidindo justamente com datas de supostas "ondas ufo". Outros anos com grande quantidade de avistamentos ufológicos também registravam momentos extraordinariamente críticos na política, descontroles sociais e depressões econômicas agudas. Mas tudo isso esbarra, tal qual foi dito acima, nos rastros "físicos" do fenômeno.
A INFLUÊNCIA DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
A influência dos meios de comunicações no nascimento e desenvolvimento de uma "onda ufo" pode ser crítica. Diante de um aumento de notícias de avistamentos ufológicos, as pessoas se sentem mais propensas para se exporem divulgando suas observações, já que a opinião pública está mais receptiva para tais notícias e podem ser aceitos de melhor forma, diminuindo bastante os riscos do ridículo e desconfiança que se produziriam num âmbito temporal diferente. Mas abusou-se desta hipótese para explicar as "ondas ufos", caindo numa autêntica "síndrome" psíquico-social, que tenta interpretar os UFOs como respostas sociais – que de fato assim o são, indiscutivelmente, em muitas ocasiões.
Foi um investigador espanhol, Eduardo Buelta, num trabalho publicado em outubro de 1962, que começou a interessar-se pela análise das "ondas ufo" e suas freqüências. No seu interessante trabalho, que engloba os avistamentos ufológicos durante um período de dez anos, de 1947 a 1957, ele detectou um aparente deslocamento progressivo dos UFOs para o oriente das zonas geográficas na qual se manifestavam. Buelta escreveu: "Parece que o fenômeno UFO dividiu o globo terrestre em setores alongados de pólo a pólo, como se quisessem cartografar o planeta de forma metódica e cuidadosa, sendo que as aparições numa determinada área geográfica são precedidas da outra ao lado no globo".
O doutor David Saunders estabeleceu uma classificação para o perfil gráfico das "ondas ufo": Um primeiro tipo seria aquele que cresce de forma gradativa até chegar a um nível máximo de atividade, para cair imediatamente. Um segundo tipo tem um perfil médio e simétrico a um eixo imaginário (não há crescimento ou diminuição, mas uma constante quantitativa num determinado período). O terceiro tipo assinalaria as "ondas ufo" que começam bruscamente até alcançar um rápido crescimento para decair progressivamente. Os dois primeiros casos, segundo Saunders, responderiam a verdadeiras "ondas ufo".
No entanto o terceiro, cujo perfil é de um início brusco e queda progressiva, corresponderia justamente a influência dos meios de comunicação sobre o público. Saunders se refere ao fato de que um avistamento isolado, possivelmente real, é divulgado na mídia e o público em geral, por sua vez, tomado pela comoção e uma necessidade psíquica de identificação, começa a ver UFOs em tudo quanto é lugar – é aí que entra a explicação psicológica já citada acima. Com o passar do tempo, a comoção e o interesse do público vai diminuindo (a notícia vai ficando "velha" e esquecida) – o que marca uma queda rápida, porém progressiva, da falsa "onda ufo". É importante salientar que uma falsa "onda ufo" não significa necessariamente que todos os casos catalogados sejam falsos. Podem haver avistamentos e incidentes reais isolados, mas que não constituiriam uma "onda ufo" de fato. Vale lembrar que no auge do "Chupacabras" no Brasil, até cachorro morto no meio da rua por atropelamento virou uma "nova vítima" do insólito predador divulgados em programas televisivos altamente questionáveis, como o Gugu, no SBT.
Ainda, o doutor Saunders selecionou 18.000 casos com informações suficientes da casuística ufológica mundial. Depois de analisá-los e depurá-los, estabeleceu o que considerou como as mais importantes "ondas ufo" a nível mundial (o mês apontado em cada uma das ondas são os "picos" – havendo vários casos em meses anteriores e posteriores):
JULHO DE 1947 – Oeste dos Estados Unidos.AGOSTO DE 1952 – Leste dos Estados Unidos.OUTUBRO DE 1954 – França e Europa.AGOSTO DE 1957 – América do Sul (em outubro de 1957 ocorreu O Caso Villas-Boas e, em janeiro de 1958, O Caso Trindade, entre outros).AGOSTO DE 1965 – Meio-Oeste dos Estados Unidos.OUTUBRO DE 1967 – Inglaterra.NOVEMBRO DE 1972 – África do Sul.
Mas o interessante é que nesta análise Saunders descobriu uma sugestiva correlação: as "ondas ufo" se deslocavam para o leste em períodos de cinco anos aproximadamente. Conclusão muito similar à desenvolvida por Eduardo Buelta, em 1962.
É difícil estabelecer uma cronologia das complexas "ondas ufo". O SOBEPS (Sociedade Belga para o Estudo de Fenômenos Espaciais) estabeleceu estatísticas que assinalam o número de observações ufológicas entre os séculos de 1800 e 1900, sendo o período de maior precisão nestas observações a partir de 1885. As "ondas ufo" que ocorriam justamente nos momentos de grande depressão econômica foram as seguintes: 1885, 1896, 1897, 1905, 1933 e 1934. A grande "onda ufo" de 1897 foi classificada como a mais importante de todo o século XIX. Segue abaixo uma listagem cronológica das "ondas ufo" desenvolvidas em todo o mundo, com suas respectivas características destacáveis:
1885 – Observações de objetos com formato de disco.
1896 a 1897 – Estranhas naves aéreas, similares às descritas nas novelas de Julio Verne, "Robur, O Conquistador" e "O Dono Do Mundo". Estas máquinas pareciam ter sistemas de propulsão contemporâneos para sua época: a vapor, por ar comprimido, etc. Também foram catalogadas presenças de seres que tripulavam os UFOs, os quais eram parecidos com os humanos e que pediam às testemunhas água, azeite, petróleo ou ferramentas.
1905 a 1909 – Observações de UFOs similares a dirigíveis ou zepelins, cujo comportamento estava muito afastado dos habituais terrestres: grande rapidez, manobrabilidade excessivas, estranhas luzes, etc.
1913 a 1914 – Estranhos aparelhos em forma de charuto.
1933 a 1934 – Aviões de características e comportamentos anômalos. Apareciam com freqüência sobre vias de comunicação e, com relativa facilidade, detinham seus motores de até oito hélices visíveis, sustentando-se no ar sem a maior dificuldade. Estes "aviões fantasmas" foram vistos até 1939, porém, a partir de 1934, deixaram de ser extremamente freqüentes.
1945 – O fenômeno dos Foo-fighters.
1946 – Naves cuja aparência se assemelha às armas secretas (bombas voadoras) alemãs tipo V-1 e V-2, observados principalmente sobre o norte da Europa, Grécia e Suíça.
De 1947 a 1972 aconteceram as "ondas ufo" já mencionadas pelo doutor Saunders. Na Espanha destacamos principalmente as produzidas em 1950, 1954, 1965/66, a abundante de 1968/69, 1974/75 e 1978/79, entre outras. Vale destacar que, desde o início da década de 90, há inúmeros registros ufológicos no México, Porto Rico e Equador. No Brasil, durante o incidente envolvendo o Caso Varginha, em 1996, o sul de Minas Gerais foi palco de inúmeros avistamentos.
A HIPÓTESE MARCIANA
No fim dos anos cinqüenta, surgiu a primeira teoria para tentar se explicar a origem dos UFOs. Essa teoria apontava para o fato que a posição astronômica do planeta Marte estava relacionada com a maior ou menor quantidade de avistamentos ufológicos no nosso planeta. Um dos principais investigadores que descobriu esta relação foi o desaparecido Oscar Rey Brea, meteorologista de Galícia.
Segundo Brea, as "ondas ufo" alternariam a cada dois anos, coincidindo justamente com a maior aproximação de Marte – já que Marte se aproxima da Terra a cada vinte e seis meses. Essa constatação foi a base da "teoria bianual do ciclo marciano", na qual posteriormente foi ampliada por Eduardo Buelta e os franceses Jacques Vallée e Aimé Michel. No entanto, os próprios defensores dessa teoria admitiam que nem sempre a aproximação marciana coincidia com uma "onda ufo". Por exemplo: a "onda ufo" de 1968, ocorrida na Espanha, não coincidiu. No entanto, a segunda parte desta "onda ufo", que correspondente ao ano de 1969, coincidiu com a posição marciana de 31 de maio. Este mês foi marcado por uma constante atividade ufológica. A "onda ufo" de outubro de 1973, que afetou quase toda a América do Norte e na qual foram registrados casos considerados clássicos da ufologia nos Estados Unidos, aconteceu justamente no período de aproximação astronômica de Marte.
Outros investigadores também se interessavam por essa possível relação. Em 1973, o investigador valenciano Miguel Guasp publicou um trabalho muito interessante intitulado "Teoria do Processo dos Ovnis". Nela, Guasp analisava e relacionava a aproximação astronômica de Marte e a incidência do fenômeno UFO.

Fonte: http://www.painelovni.com.br/ondas_ufo_e_ortotenias01.html